C de Caneca
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(Creed - 2015)

O primeiro WhatsApp que passei ao sair do cinema para dizer o que tinha achado de Creed foi:

“puta que pariu, que filme”

Foram mais de duas horas totalmente plugada na tela, vidrada na história, rindo, chorado e torcendo... Eu não esperava tanto!
No longa, o jovem Adonis Johnson (Michael B. Jordan) passa a infância pulando entre reformatórios, famílias adotivas e orfanatos enquanto exibe seu dom inato de dar umas porradas. Um dia é “resgatado” de um reformatório por Mary Anne Creed (Phylicia Rashad) viúva do famoso boxeador Apollo Creed (quem assistiu a sequencia Rocky sabe quem é!!) que por acaso é pai do garoto (fruto de um casinho fora do casamento). Mary Anne (que tem uma grana considerável) cria o menino como seu próprio filho mas, mesmo depois de estudar em bons colégios ter um ótimo emprego e uma promoção recente não consegue negar o sangue e o que ele quer é boxe! 

Baby Creed
Mesmo contra a vontade da “mãe” vai em busca de realizar o sonho e sai de Los Angeles para a Philadelphia, procurar nada mais nada menos do que Rocky Balboa (Sylvester Stallone) pedindo para que, em nome da velha amizade com Apollo, ele fosse treinador dele.
O Rocky da uma vacilada, diz que não.... faz um c* doce básico mas acaba aceitando e voltando aos ringues pelo lado de fora das cordas!




Sei que sou suspeita porque sou muito fã dos filmes Rocky (e confesso, do Stallone também) mas a história do filme está muito bacana, vale muito a pena conferir. Quando tocou a famosa trilha sonora do Rocky até arrepiou!! Se a idéia era emocionar os fãs de Rocky, atingiu com mérito! O garanhão italiano continua sendo o campeão e foi belissimamente homenageado em Creed!

Ainda não assisti o filme dos outros concorrentes a melhor ator coadjuvante, mas daria a estatueta para o Stallone com certeza!

Mais do que recomendado!!!


Salemme
@danisalemme
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(Brooklyn - 2015)

Um dos filmes independentes que alcançaram a indicação para o Oscar 2016, Brooklyn conta a história de Ellis, uma garota irlandesa dos anos 50s (anos 50 é tendência do cinema) que estimulada pela irmã mais velha e com ajuda de um padre irlandês, resolve tentar vida nova na América, precisamente no Brooklyn em NY. 

Mocinha
A mudança já começa traumática no navio, atravessar o Atlântico nos anos 50 não era lá tarefa muito fácil (nem saudável). Aqui o filme tem sua primeira particularidade, a moça que aconselha e ajuda Ellis na sua entrada na América (anota pra se atentar nisso aí e comparar depois). Nos EUA, a ruivinha passa a morar numa pensão para moças irlandesas e a trabalhar em uma loja de roupas para peruas jovens senhoras. Tentando lidar com a saudade de casa e viver uma vida tranquila entre trabalho, aulas de contabilidade e bailinho da igreja, Ellis conhece Tony (Emory Cohen), um encanador italiano gentil e bom moço e ambos se apaixonam. Obviamente, este não é o final feliz do filme. Algo (e com algo eu quero dizer algo que não vamos contar pra não perder o algo de drama que a história tem) acontece e dá uma chacoalhada na trama toda.

O filme do diretor  John Crowley é realmente simples, mas tecnicamente muito bem trabalhado. É divertido observar como as cenas são bem planejadas. Desde um movimento de garfo em continuidade até o jogo de cores da fotografia, que lembra Amelie Poulian, cheio de verdes e vermelhos, mas ao que se indica, a tentativa era representar o envolvimento da mocinha com seu país de origem (verde irlanda) para mais ou para menos. O roteiro, uma adaptação feita por Nick Hornby, e indicada a melhor roteiro adaptado, não tem um "oh meu Deus explodiram minha mente!" (e fui repetitiva nisso, eu sei), mas também foi tecnicamente muito bem trabalhado.

O destaque do filme é mesmo Saoirse Ronan, a mocinha irlandesa (que já conhecia por seu lado ET teen) que trás expressões interpretadas com uma sutilidade cativante (e também é danada a jovem, atentem!). Não é minha preferida a estatueta de Melhor Atriz, mas sua indicação é merecida.

O que mais valeu a pena do filme, é o que menos foi destacado pela academia, sua parte técnica. Em todo caso, para os amantes de cinema, está recomendado.

Cris F Santana
@CrisFSantana
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(The Big Short - 2015)

Quando fui incumbido de escrever sobre A Grande Aposta aqui para o blog, talvez não esperava encontrar tanta dificuldade em explicar o filme. Acho que dentre todos os meus posts daqui, este tenha sido o mais complicado.
Mercado imobiliário, ações, bolsa de valores, apostas, hipoteca, corretores, especulação, bolha imobiliária, crise americana de 2008. Tema complexo, direção primorosa e um  elenco de primeira linha é o resumo do indicado para melhor filme do ano.



Baseado em fatos reais, A Grande Aposta conta a história de Michael Burry (Christian Bale) que apostou que o sistema imobiliário dos Estados Unidos iria quebrar nos anos seguintes. (Particularmente não sabia que era possível esse tipo de aposta rs) Mesmo desacreditado pela maioria, algumas pessoas, entre elas, Mark Mau (Steve Carell) dono de uma corretora, começa a perceber que Burry tinha razão, e que a bolha imobiliária culminaria na quebra da economia americana.

O filme é dirigido por  Adam McKay e ainda conta com a participação do atores Ryan Gosling e Brad Pitt (meia duzia de aparições). 

Além da indicação de melhor filme, A Grande Aposta ainda tem indicações para melhor diretor, melhor roteiro adaptado, melhor montagem e melhor ator coadjuvante (Christian Bale).

Embora o tema seja  REALMENTE complicado (pelo menos pra mim), considerando o fato que eu tenha "boiado" em muitos diálogos e negociações entre os envolvidos, o filme conseguiu me prender.
A forma como o diretor Adam McKay impõe seu ritmo, deixa o filme mais suave. Por vezes, pausando as cenas para nos explicar de forma mais simples os acontecimentos. Numa espécie de diálogo direto com os telespectadores.
Cheio de ironias, deboches e criticas ácidas ao estilo de vida dos americanos, a Grande Aposta bate forte no capitalismo selvagem e nos envolve no dilema moral em torcer pela destruição do sistema.

Embora, tenha gostado do filme, não acho que deva levar nas categorias indicadas. 
Além de não considerar o melhor filme, temos fortíssimos concorrentes para as demais categorias e considero muito difícil supera-los.

Tenho que observar também que esperava um maior protagonismo de Christian Bale. A verdade é que seu papel se tornou mero coadjuvante (talvez por isso tenha sido indicado para esta categoria). E Steve Carell roubou a cena completamente durante o filme. Achei injusto ele não ter sido lembrado. Foi a melhor atuação do filme! Uma pena!

Por fim, recomendo assistirem o filme. Não é um filme brilhante, nem excepcional, mas é interessante entender o que aconteceu de dentro do turbilhão da famosa crise de 2008 que quase destruiu a economia americana, e que impactou em quase todas as economias mundiais.


Rodrigo Sansão
(@rodrigosansao)
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(Interstellar - 2014)

De todos os scifi que assisti recentemente, Interestellar do diretor Christopher Nolan é sem dúvida o mais brisado complexo deles. Ia ser muito difícil explicar o que se passa no filme sem dar spoiler, então já aviso de antemão, vai ter! Mas você vai saber quando (eu acho..)!

O filme se passa num futuro quase pré-apocalíptico quando as autoridades terrestres decidiram que era perda de tempo explorar o espaço e todos os recursos foram direcionados exclusivamente pra vida na Terra. Pelo menos essa é a versão oficial! No meio desse rolê, um fazendeiro viúvo chamado Cooper (Matthew McConaughey, esse camaleão), pai de dois filhos, tenta fazer as terras estranhas que sobraram no planeta aguentarem uma plantação até a colheita. 

Já chegou o disco voador?

Daí que a filha caçula do cara, Murphy (um nome e um bullyng), menina prodígio que se mete em problemas na escola por levar livros falando que os astronautas estiveram na lua (siim! americanos alimentando sua própria anticonspiração, nesse filme) começa a perceber coisas estranhas em casa. E o cético Cooper repara que o que tá rolando são interferências gravitacionais (segura a onda que eu ainda nem comecei a brisa). Acontece que o cara e a minazinha se ligam que as mensagens na poeira são dados de localização geográfica (Espero que o querido leitor ainda não tenha se perdido, até aqui). E seguindo as dicas Newtonianas (pegou essa?) pai e filha descobrem.. *suspense*.. Uma sede secreta da NASA! 

Para surpresa de quem assiste, papai fazendeiro conhece toda a galera da antiga no local, porque, quem diria, ele era um ex astronauta! Coincidentemente (ou não!) um dos melhores do passado. Papai fazendeiro-astronauta fica sabendo que na verdade a NASA nunca morreu e o governo dos EUA (esses danadinhos) estão a anos bolando um plano pra encontrar novos planetas habitáveis pra salvar a população da Terra, seguindo as dicas das mensagens gravitacionais recebidas de algum lugar no espaço sideral. O responsável pela ideia é um antigo mestre do Cooper, Professor Brand (Michael Cane) e é tocada com a ajuda da sua filhota Brand, também (Anne Hathaway, que já encarou o Diabo). Os caras mandaram 12 cobaias numa missão suicida heroica para atravessar um buraco negro/minhoca e explorar 12 planetas que eles já sabiam existir do outro lado do buraco e ver se algum vira casa. Os caras tão lá a 10 anos (!!!) E a missão do fazendeiro astronauta é comandar a galera que vai lá buscar quem sobrou.

Muita água de conflito familiar rola debaixo da ponte, já que geral não acredita que essa missão tenha volta, antes do mocinho resolver que aceita. Coisa e tal, ele vai! São 3 os planetas que ainda dão sinal de vida, o do professor Mann (Matt Damon, ora no espaço, ora esquece) com as melhores notícias, o do paquera da Brand e o de um astronauta avulso sem nome. Óbvio que dá tudo errado na missão e papai Cooper precisa se virar e tomar as decisões certas pra salvar a humanidade, ou não.


--- ALERTA DE SPOILER! 


Com todo o meu conhecimento de leitora de Superinteressante, vou tentar explicar mais ou menos a história. Acontece que dá ruim e a nave não vai ter condições de buscar mais de um dos largados. Numa decisão baseada em estatísticas e números, Cooper decide ir buscar o professor Mann. E entendemos aqui porque Matt Damon sofreu tanto, depois, em Perdido em Marte! É karma! o professor Pilantra alterou os dados que enviava pra NASA pra acharam que lá era bacana e alguém aparecer pra buscar ele. E nessa de descer, quebrar, subir desse planeta rola uma transmutação pelo espaço tempo e nas duas horas perdidas lá passam 16 anos terrestres (!!). Em paralelo a tudo isso, lá na Terra a filha do Cooper, cresce vira cientista, vai trabalhar na NASA tem raiva dele, tem muita raiva dele, não tem mais, etc. E todos esses plots conflitos familiares representados. Problema do babaca resolvido, a missão fica sem recursos de vez. E seria o fim das esperanças da humanidade? Não! O papai herói bola um plano pra usar a força gravitacional do buraco (aquele que eles atravessaram pra chegar do outro lado do universo) pra impulsionar a nave até o outro planeta com dados bons (o do Crush da minazinha lá). Claro que, não ia ser tão fácil assim, no momento dramático-camera-lenta do filme para diminuir o peso da Nave, papai herói joga tudo que dá fora, inclusive ele. A astronauta Brand segue rumo ao planeta lua-de-mel, pra tentar começar uma nova humanidade com seu Crush (se ele estiver vivo) e papai herói segue vagando pelo espaço sideral direto pro buraco. E aqui (sim, só aqui) é que tem o grande MIND BLOWN da história. O buraco, na verdade, leva Cooper pra varias dimensões de linhas de tempo alternativas (na tal da coisa da transmutação espaço-tempo-gravitacional) onde ele pode ver e interagir com futuro, presente e passado. E.. TODO O TEMPO era ela quem tinha mandado as mensagens pra missão, pra NASA, pra filha e pra ele mesmo! O final final da história eu não vou contar pra sobrar algo de mistério pra quem está lendo e não assistiu o filme ainda (E deveria, é bacanudo).
Isso e ainda pulei aí um monte de pequenos plots incluídos no filme, porque né?! Já tá complexo bagarai só assim! 

--- CABÔ SPOILER..

Mas hein?!

Nas questões técnicas, não tem muita coisa a se dizer, o filme levou um Oscar de Melhores Efeitos Especiais, e acho que isso já explica por mim. A fotografia é sensacional e os recurso visuais usados pra ilustrar as interferências gravitacionais-espaço-temporais são indescritivelmente bem aplicados. Entre as atuações, destaque pro galã McConaughey, claro. E pras atrizes todas que interpretam sua filha Murphy (Mackenzie Foy, Jessica Chastain e Ellen Burstyn) e a chocante semelhança entre as ruivas todas. 

Se você conseguiu chegar até aqui e ainda não viu o filme. Recomendo fortemente (e recomendo em HD!)!

Cris F Santana
(@CrisFSantana)
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(The Hateful Eight - 2015)

Se você espera ir ao cinema e ver um filme característico do maluco diretor Tarantino. Pode ir que não vai se decepcionar! São duas horas e quarenta e oito minutos de fotografia foda muito bem feita. (o cara usa lentes 70mm, é um clássico do começo ao fim).

Os 8
O filme tem todos os elementos do "cinema Tarantino" desde a introdução com letreiros estilo faroeste, as tomadas de câmera longas com ênfase em detalhes, os diálogos longos (daqueles que dão dicas pra gente descobrir quem é o próximo que vai morrer), o uso da luz, a trilha sonora combinando elementos de cena com a ação, esqueci de algo?! Deve ter também..
O elenco é quase que o elenco default de Tarantino. Samuel L Jackson é destaque no octeto, interpretando o ex soldado do Sul, atual caçador de recompensas. Tim Roth, impecável, como sempre. O atrapalhado Sheriff Chris Mannix de Walton Goggins faz a ponte do humor de forma pontual e bem utilizada. O mesmo faz a Daisy Domergue de Jennifer Jason Leigh e suas graças com a própria futura morte que arranca gargalhadas sem nem precisar abrir a boca (tipo mímica ou quase). 

A historia é de um sujeito chamado John Ruth (Kurt Russell) que está levando a bandida Daisy Domergue pra ser enforcada. No meio de uma nevasca iminente encontra com outro caçador de recompensas (o Samuel) e com o futuro xerife da cidade pra onde se dirige. O grupo é obrigado a parar numa hospedaria no meio do caminho para não morrer no meio da neve. Lá conhecemos os outros personagens da trama. O mexicano (Demián Bichir) que está tomando conta da hospedaria (ou talvez isso), o general reformado das tropas do Confederação (Bruce Dern) mais um da Guerra de Secessão, e o carrasco local (o cara que vai fazer o enforcamento). Ruth sabe que algum daqueles caras está ali pra ajudar a prisioneira e garante que não vai permitir. E falar mais que isso já é muito spoiler.

Condenada a forca e de olho na Estatueta
O interessante é como por baixo do roteiro de assassinos e caçadores existe uma representação do que foi e ainda é a formação social americana. Os ex combates das tropas da Confederação e seu escrachado e preconceito racial (Nem dá pra contar quantas vezes se chama o Samuel de Nigga). O negro e ex combatente das tropas do Sul que garantiu e garante sua presença na base da força (ou da bala) e ainda a inclusão do mexicano.

Como todo mundo já imaginava, o estilo Tarantino de filmar garantiu uma indicação ao Oscar de Melhor Fotografia. E as misturas de sons a de Melhor Trilha Sonora. O destaque entre as indicações de Os 8 Odiados é a de Melhor Atriz Coadjuvante para Jennifer Jason Leigh bem justificada.  

Em seu oitavo filme (e ele diz que tem 10 histórias pra contar, tá acabando galera) Tarantino não só usa seu já conhecido estilo de fazer cinema, mas apresenta uma história social dentro da história superficial. Que ao final, simbolicamente, amassa a falsa convenção americana deixando registrada a sua crítica.

Por tudo isso (e não acho que precisa de nada mais) vale muito o ingresso do cinema. Recomendado.

Cris F Santana
(@CrisFSantana)

Curiosidade: Tarantino disse mesmo que tinha 10 histórias pra contar, e destaca ser esse o 8o filme nos créditos da história. Ou seja, fãs, segurem o coração que faltam 2!

2015 Os Oito Odiados
2012 Django Livre
2009 Bastardos Inglórios
2007 À Prova de Morte
2004 Kill Bill: Volume 2
2003 Kill Bill: Volume 1
1997 Jackie Brown
1994 Pulp Fiction: Tempo de Violência
1992 Cães de Aluguel
...



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(Carol - 2015)

Ah o amor! Sempre tão lindo não é mesmo? *-*

Não tenho como negar que não rola um envolvimento pessoal com este filme. Afinal, não é todos os dias que vemos o amor lésbico tão bem representado numa ficção (e é ficção mesmo! Nada de historinha de fulana de tal que pegava fulana de tal).

De olho nas novinhas
O filme, que se passa nos anos 50 começa com a loira diva Carol (Cate Blanchett) em um jantar (que depois descobrirmos que é chá) com a novinha Therese (Rooney Mara, que não era amada pelos homens, e de novo). Quando aparece um empata foda diversão e interrompe sem nem perceber a conversa das moças. Então a história volta ao inicio (e começa de novo). Therese é uma vendedora de uma dessas lojas Americanas da vida, dando duro na semana pré Natal, quando Carol aparece pras compras. A química entre as duas é imediata (ai ai)! Ambas improvisam pelo acaso de um novo encontro. Então, as moças se tornam cada vez mais próximas até que.. Rola o amor (e como rola). Um amor bonito e apaixonado (diferente de outros romances lésbicos blockbusters por aí).

Claro que nem tudo são flores e o filme precisava de um conflito. E pra isso existem Richard, o namoradeco cheio de xavecos bem anos 50 (desses que eu anotei pra levar pra vida) de Therese. E Harge, o ex marido ciumento-dominador-violento-babaca da Carol, que pra por uma cereja no bolo, ainda tem uma filha com ela.

O filme do diretor Tood Haynes foi indicado a seis estatuetas douradas. As duas atrizes estão incríveis em suas atuações, a tensão sexual entre o casal é sutilmente expressa todo o tempo e bastante crível. As indicações ao Oscar de Melhor Atriz (da Cate) e de Melhor Atriz Coadjuvante (da Mara) são bastante justificadas, Rooney soube representar de forma natural a curiosidade amedrontada da novinha descobrindo novos limites. Já li a história original do livro de 1953 de Patricia Highsmith (autora de O Talentoso Ripley), e Phyllis Nagy fez um excelente roteiro, bem amarrado, sem buracos estranhos (comuns aos filmes da temática, sei lá porque) e bem administrado, considero dizer que livro e filme tem enredo principal extremamente fiel um ao outro e as diferenças pontuais apenas enriquecem o filme, o resultado é a indicação de Melhor Roteiro Adaptado. A atmosfera chique anos 50, cheia de chapéus, casacos de pele, os carros conversíveis e as cores desbotadas, transportam pra Nova York do filme e mereceram as indicações de Melhor Figurino e Melhor Fotografia. E pra terminar a mistura de pianos e musica contemporânea da época marcam a indicação de Melhor Trilha Sonora.



Ver o amor entre duas mulheres tão bem representado por essas duas atrizes impecáveis, já valeria a audiência. O roteiro não tem nada de OMG isso explodiu minha mente (a não ser que você seja o tipo Marciano que nunca viu duas mulheres se pegando), mas é bem construído e bem amarrado, fácil de acreditar. Praticamente um manifesto feminista, para todos os amantes de plantão (de mulheres ou de cinema), recomendado!

Cris F Santana
(@CrisFSantana)
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Finalmente temos a lista completa dos indicados ao mais esperado prêmio do Cinema Mundial. As estatuetas douradas do Oscar. E a Caneca, como já virou tradição, vai acompanhar os filmes indicados até a Cerimônia no dia 28 de Fevereiro. 

E tem brazuca no rolê! A animação O Menino e o Mundo de Alê de Abreu concorre a Melhor Animação.  O regresso lidera a lista com 12 indicações, incluindo melhor ator para Leonardo DiCaprio, a sexta indicação do cara (será que dessa vez ele tira a zica?!), e melhor diretor para Alejandro G. Iñárritu (que já levou por Birdman ano passado). Mad Max: Estrada da Fúria a ação do ano, também é destaque concorrendo a 10 categorias e Perdido em Marte a 7.



A lista dos indicados da Academia:

          Melhor Filme:
- A Grande Aposta
- Ponte dos Espiões
- Brooklyn
- Mad Max: Estrada da Fúria
- Perdido em Marte
- O Regresso
- O quarto de Jack
- Spotlight

          Melhor ator
- Bryan Cranston (Trumbo)
- Matt Damon (Perdido em marte)
- Leonardo DiCaprio (O regresso)
- Michael Fassbender (Steve Jobs)
- Eddie Redmayne (A Garota Dinamarquesa)

          Melhor atriz
- Cate Blanchett (Carol)
- Brie Larson (O quarto de Jack)
- Jennifer Lawrence (Joy)
- Charlotte Rampling (45 anos)
- Saoirse Ronan (Brooklyn)

          Melhor diretor
- Alejandro G. Iñárritu (O Regresso)
- Tom McCarthy (Spotlight)
- George Miller (Mad Max: A estrada da Fúria)
- Adam McKay (A Grande Aposta)
- Lenny Abrahamson (O quarto de Jack)

          Melhor animação
- Anomalisa
- O menino e o Mundo
- Divertida mente
- Shaun, o carneiro
- Quando estou com Marnie

          Melhor filme estrangeiro
- Embrace of the Serpent (Colômbia)
- Cinco graças (França)
- O filho de Saul (Hungria)
- Theeb (Jordânia)
- A war (Dinamarca)

          Melhor trilha sonora
- Thomas Newman (Ponte dos Espiões)
- Carter Burwell (Carol)
- Ennio Morricone (Os 8 odiados)
- Jóhann Jóhannson (Sicario)
- John Williams (Star Wars O Despertar da Força)

          Melhor roteiro adaptado
- Charles Randolph and Adam McKay (A Grande Aposta)
- Nick Hornby (Brooklyn)
- Phyllis Nagy (Carol)
- Drew Goddard (Perdido em Marte)
- Emma Donoghue (O quarto de Jack)

          Melhor roteiro original
- Matt Charman and Ethan Coen & Joel Coen (Ponte dos Espiões)
- Alex Garland (Ex Machina)
- Pete Docter, Meg LeFauve, Josh Cooley (Divertida mente)
- Josh Singer & Tom McCarthy (Spotlight)
- Jonathan Herman and Andrea Berloff (Straight Outta Compton)

          Melhor design de produção
- Ponte dos Espiões
- A garota dinamarquesa
- Mad Max: Estrada da Fúria
- Perdido em Marte
- O Regresso

          Melhor fotografia
- Ed Lachman (Carol)
- Robert Richardson (Os 8 Odiados)
- John Seale (Mad Max: Estrada da Fúria)
- Emmanuel Lubezki (O Regresso)
- Roger Deakins (Sicario)

          Melhor figurino
- Sandy Powell (Carol)
- Sandy Powell (Cinderela)
- Paco Delgado (A garota dinamarquesa)
- Jenny Beavan (Mad Max: Estrada da Fúria)
- Jacqueline West (O Regresso)

          Melhores efeitos visuais
- Ex Machina
- Mad Max: Estrada da Fúria
- Perdido em Marte
- O Regresso
- Star Wars O Despertar da Força

          Melhor montagem
- A Grande Aposta
- Mad Max: Estrada da Fúria
- O Regresso
- Spotlight
- Star Wars O Despertar da Força

          Melhor atriz coadjuvante
- Jennifer Jason Leigh (Os 8 Odiados)
- Rooney Mara (Carol)
- Rachel McAdams (Spotlight)
- Alicia Vikander (A Garota Dinamarquesa)
- Kate Winslet (Steve Jobs)

          Melhor ator coadjuvante
- Christian Bale (A Grande Aposta)
- Tom Hardy (O Regresso)
- Mark Ruffalo (Spotlight)
- Mark Rylance (Ponte dos Espiões)
- Sylvester Stallone (Creed - Nascido para Lutar)

          Melhor edição de som
- Mark Mangini e David White (Mad Max: Estrada da Fúria)
- Oliver Tarney (Perdido em Marte)
- Martin Hernandez e Lon Bender (O Regresso)
- Alan Robert Murray (Sicario)
- Matthew Wood e David Acord (Star Wars O Despertar da Força)

          Melhor mixagem de som
- Ponte dos Espiões
- Mad Max: Estrada da Fúria
- Perdido em Marte
- O Regresso
- Star Wars O Despertar da Força

          Melhor curta de animação
- Bear Story
- Prologue
- Sanjay's Super Team
- We can't live without Cosmos
- World of tomorrow

          Melhor curta de live action
- Ave Maria
- Day one
- Everything will be okay (Alles Wird Gut)
- Shok
- Stutterer

          Melhor cabelo e maquiagem
- Mad Max: Estrada da Fúria
- The 100-year-old man who climbed out the window and disappeared
- O Regresso

          Melhor documentário
- Amy
- Cartel Land
- The look of silence
- What happened, Miss Simone?
- Winter on fire: Ukraine's Fight for Freedom

          Melhor documentário de curta-metragem
- Body team 12
- Chau, beyond the lines
- Claude Lanzmann: Spectres of the Shoah
- A Girl in the River: The Price of forgiveness
- Last day of freedom

          Melhor canção original
- Earned it por The Weeknd (Cinquenta tons de cinza)
- Manta Ray por J. Ralph & Antony (Racing extinction)
- Simple song #3 por Sumi Jo e Viktoria Mullova (Youth)
- Writing's on the wall por Sam Smith (007 contra Spectre)
- Til it happens to you por  Lady Gaga (The hunting ground)

Já anota na agenda e vem com a gente pra Maratona Oscar 2016!

Cris F Santana
(@CrisFSantana)
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(In time - 2011) 


Como seriam nossas vidas se nossa principal moeda de troca fosse o tempo?

Esse é o cenário do filme O preço do Amanhã. Num futuro não muito distante, as crianças nascem com um controlador de tempo inserido em seus corpos. Ao completar 25 anos esse contador é iniciado em modo regressivo de aproximadamente um ano.




A partir dai, para viver mais, você deve negociar o tempo... Trabalhar para ganhar minutos, apostar as horas... Mas, você também gasta seu tempo pagando contas, comprando necessidades básicas e tudo o que atualmente fazemos na base do dinheiro.

Sendo o tempo uma moeda tão preciosa, claro que o adorável ser humano (#not) se adaptou a isso da melhor forma possível: existem ladrões de tempo e políticos que controlam tudo deixando uma pequena parcela da população com tempo para viver eternamente e a grande maioria morrendo com 26 anos. (qualquer semelhança com nossa realidade e o dinheiro terá sido mera coincidência).



É nesse novo mundo que Will Salas (Justin Timberlake) conhece um cara que tem mais de um século pela frente mais quer morrer, argumentando que não fomos feitos para viver para sempre e que essa negociação do tempo nada mais é do que um jeito de diminuir a densidade demográfica (excluindo os pobres, obviamente). Will decide então ir atrás de justiça!

Atravessando fronteiras chega na cidade dos magnatas, conhece e se apaixona (claro) pela jovem Sylvia Weis (AmandaSeyfried), filha do cara mais poderoso do tempo, cai numa emboscada , sequestra a garota e dai pra frente começa toda a aventura dos dois, a paixão mutua entre vítima e sequestrador e algumas paradinhas clichês.

A parte as cenas de ação bem forçadas (normal) com pneus de carro que nunca furam e gente cercada de metralhadoras sendo disparadas que saem sem um único tiro, a história do filme é bem interessante, tem umas viradas muito boas na história e prende a atenção.

É interessante perceber como o mundo é o mesmo, as regras e as injustiças são as mesmas, mas trabalhar com a moeda tempo parece ser muito mais doloroso do que com nosso velho dinheirinho...



Eu recomendo!


Dani Salemme
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(The Peanuts movie – 2016)

“Peanuts” ou no Brasil também conhecido como “Minduim”, foi uma das tiras mais populares e influentes da história da mídia. No seu ápice, eles já apareciam em mais de 2600 jornais por dia, com um número de leitores estimado em 355 milhões em 75 países, e foi traduzido para 40 línguas. Com quase 65 anos de existência, Snoopy e Charlie Brown – Peanuts, O Filme é uma nova produção para acrescentar um novo público aos fãs, utilizando os conceitos vigentes na animação contemporânea, como o uso da terceira dimensão – tanto a estereoscopia quanto na composição dos traços – e ainda mantendo os aspectos gráficos tradicionais da obra em um interessante contato com a fonte original.



No longa escrito por Craig Schulz, Bryan Schulz e Cornelius Uliano, Snoopy continua sendo o beagle mais amado do mundo e claro, o melhor piloto. Ele e Woodstock embarcam em sua maior missão até hoje, quando alcança o céu atrás de seu arqui-inimigo, o Barão Vermelho, e salvam quem parece ser o grande amor da sua vida. Enquanto isso, seu melhor amigo inicia a sua própria missão épica.

Charlie Brown e todos seus amigos vivem uma vida tranquila, brincando durante as tardes e aproveitando as férias, ainda mais agora que começou a nevar. Eis que uma criança nova se muda para a rua da turma: uma menininha de cabelos ruivos. Todos se animam para conhecê-la, já que ela está na mesma sala de aula deles. Charlie Brown se apaixona perdidamente e agora busca coragem e determinação para conseguir, além falar com a garota, mostrar que ele não é o fracasso que toda sua turma, principalmente a Lucy, pensa que ele é. O problema, é que...ele É O MINDUIM! E obviamente tudo dá errado numa sequência infindável de situações cômicas e inacreditáveis.



Mesmo sendo simples, o filme é recheado de cenas engraçadas e emocionantes. Isso consegue nos trazer muito mais do que uma mera história de um cachorro apaixonado, de um menino atrapalhado e, no fim das contas, acaba por criar um pano de fundo emocional. Dirigido por Steve Martino de A Era do Gelo 4 e Horton e o Mundo Dos Quem, obra de Schulz segue tendência similar a adaptação de Os Smurfs tentando trazer um novo público a uma história tradicional e aclamada, um movimento semelhante com outra adaptação recente de “O Pequeno Príncipe”. As cenas também apelam para o conceito primordial do cinema, explorando dois personagens que, sem falas, se comunicam através de sons e da trilha sonora, dando vazão a um humor cênico que se contrapõe as reflexões adultas das tiras, costurando e simbolizando as tentativas de conquista do Minduim.

Para quem, assim como eu, é fã e tem seu próprio Minduim, está muitíssimo mais do que recomendado!

“E eu...uma pedra!”

Bruna Cicerelli
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Na noite deste domingo (10/01) rolou a entrega dos Golden Globe Awards. Os vencedores nas categorias cinematográficas da premiação costumam ser um ótimo indicador para o tão esperado Oscar. O filme O Regresso, do consagrado diretor Alejandro Iñarritu, com Leo DiCaprio foi vencedor do prêmio mais importante da noite, de Melhor Filme em Drama. O grande indicado da noite, o filme Carol, um romance entre duas mulheres estrelado por Cate Blanchett e Rooney Mara, não venceu nenhuma de suas 5 indicações. O destaque em prêmios cinematográficos é Perdido em Marte, misteriosamente indicado para os prêmios de comédia (tem umas piadas e tal, mas calma). Uma menção especial, para Brie Larson, revelação após 10 anos de carreira, dona do prêmio de Melhor Atriz em drama por O Quarto de Jack (preparem os lencinhos). E claro, para Leonardo DiCaprio levando o prêmio de Melhor Ator em Drama. Será que este ano ele tira a zica do Oscar?!



Confira os indicados e os premiados nas categorias cinematográficas do Golden Globe:

----- MELHOR FILME - DRAMA
O Regresso
Spotlight - Segredos Revelados
Carol
O Quarto de Jack
Mad Max: Estrada da Fúria

----- MELHOR FILME - COMÉDIA/MUSICAL
Joy: O Nome do Sucesso
Perdido em Marte
Descompensada
A Grande Aposta
A Espiã que Sabia de Menos

----- MELHOR DIRETOR
Alejandro González Iñarritu (O Regresso)
Ridley Scott (Perdido em Marte)
Todd Haynes (Carol)
George Miller (Mad Max)
Tom McCarthy (Spotlight - Segredos Revelados)

----- MELHOR ATOR - DRAMA
Bryan Cranston (Trumbo: Lista Negra)
Leonardo DiCaprio (O Regresso)
Michael Fassbender (Steve Jobs)
Eddie Redmayne (A Garota Dinamarquesa)
Will Smith (Concussion)

----- MELHOR ATRIZ - DRAMA
Cate Blanchett (Carol)
Rooney Mara (Carol)
Brie Larson (O Quarto de Jack)
Saoirse Ronan (Brooklyn)
Alicia Vikander (A Garota Dinamarquesa)

----- MELHOR ATOR - COMÉDIA/MUSICAL
Christian Bale (A Grande Aposta)
Steve Carell (A Grande Aposta)
Matt Damon (Perdido em Marte)
Al Pacino (Não Olhe Para Trás)
Mark Ruffalo (Sentimentos que Curam)

----- MELHOR ATRIZ - COMÉDIA/MUSICAL
Jennifer Lawrence (Joy: O Nome do Sucesso)
Amy Schumer (Descompensada)
Melissa McCarthy (A Espiã que Sabia de Menos)
Maggie Smith (A Senhora da Van)
Lily Tomlin (Grandma)

----- MELHOR ATOR COADJUVANTE
Idris Elba (Beasts of No Nation)
Mark Rylance (Ponte dos Espiões)
Michael Shannon (99 Homes)
Sylvester Stallone (Creed)
Paul Dano (Love & Mercy)

----- MELHOR ATRIZ COADJUVANTE
Jennifer Jason Leigh (Os Oito Odiados)
Jane Fonda (Youth)
Alicia Vikander (Ex_Machina)
Helen Mirren (Trumbo: Lista Negra)
Kate Winslet (Steve Jobs)

----- MELHOR FILME DE ANIMAÇÃO
Anomalisa
O Bom Dinossauro
Divertida Mente
Peanuts
Shaun, o Carneiro

----- MELHOR FILME ESTRANGEIRO
Son of Saul
O Clube
Cinco Graças
O Novíssimo Testamento
O Esgrimista

----- MELHOR ROTEIRO
Os Oito Odiados
Spotlight - Segredos Revelados
A Grande Aposta
O Quarto de Jack
Steve Jobs

----- MELHOR TRILHA SONORA
Carol
A Garota Dinamarquesa
Os Oito Odiados
Steve Jobs
O Regresso

----- MELHOR CANÇÃO ORIGINAL
Writing's On The Wall (007 Contra Spectre)
Simple Song #3 (Youth)
See You Again (Velozes & Furiosos 7)
One Kind of Love (Love and Mercy)
Love Me Like You Do (Cinquenta Tons de Cinza)

Agora é aguardar a outra estatueta dourada!
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