Mad Max: Estrada da Fúria (Por Victor Abadio)

(Mad Max: Fury Road (2015))

O filme que chegou de fininho e deixou os filmes de ação no chinelo.



Minhas expectativas para o novo filme da franquia Mad Max eram modestas. Eu gosto dos atores envolvidos, mas não gostei do plot o suficiente pra ver o filme no cinema, iria esperar chegar no Piratebay Netflix. Vi o trailer. Pensei: me convenceu, vou tentar ir ver no cinema. Li as reviews: PRECISO IR NO CINEMA URGENTE.

E foi isso. Foi tudo isso que estão falando.

Ah, vocês não sabem o que estão falando? Vem comigo.

O quarto filme Mad Max segue o já estabelecido herói inconvencional Max Rockatansky, no mesmo mundo pós-apocalíptico desolado, sem água, sombra e com muita violência. O que este filme tem que os outros não têm é ação desenfreada muito bem dirigida, visual incrível e um uso excelente do 3D. Diria até que é o melhor filme de ação desde "O Exterminador do Futuro 2" (1991), desconsiderando os filmes de super-heróis.

De cara você já entra no mundo de Max, sem muita contextualização. Isso não atrapalha em nada, muito pelo contrário, é fascinante ver isso acontecer no decorrer da história, com diálogo mínimo, inclusive. O desenvolvimento dos personagens ocorre mais com a ação do que com cenas de drama. Você sabe quem é quem e quem quer o quê. Mérito total do diretor (e escritor) George Miller.

Falando em personagens, apesar de estar no título, Max é co-protagonista de seu filme. A outra metade leva o nome de Imperator Furiosa. Uma comandante do vilão Immortan Joe que se rebela e rouba o show. Charlize Theron está convincente como sempre e a química com Tom Hardy é visível. A personagem é tão forte que tem causado muita polêmica nestes últimos dias.

Algumas pessoas têm reclamado que o filme é uma propaganda descarada do feminismo, pois Furiosa se cerca de mulheres e é páreo para Max. O que estas pessoas não entendem é que isso é uma coisa ótima. Isto é exatamente o que tem faltado nos filmes de ação dos últimos anos. Sim, até chegamos a ter algumas personagens femininas fortes neste sentido (Ripley, Alice, Lara Croft), mas desde as primeiras aparições de Lara Croft não temos uma heroína tão decisiva, complexa e, sim, feminista.

O desenvolvimento da história não decepciona pelo começo. Pontas se amarram e novas possibilidades se abrem.

Propaganda do feminismo ou não, Mad Max: Estrada da Fúria é o filme a ser batido esse ano. Nem Vingadores 2 o supera em qualidade geral (história, visual). Eu já quero mais. Que venha Mad Furiosa!

Nota de rodapé #1: o que falar de homens de uma "associação de direitos dos homens HÉTEROS" reclamando que um filme tem muito tempo de Charlize Theron na tela?
Nota de rodapé #2: sim, você pode ir ver este filme sem ter visto os outros três sem problemas.
Nota de rodapé #3: a quinta parte da série já tem título. Já estamos ansiosos para Mad Max: The Wasteland.

Por Victor Abadio.

Victor Abadio

3 comentários:

  1. Muito bom o post. Pretendo assistir ao filme ainda esta semana. Show!!

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  2. Lovelly day!!!!

    Sensacional, o único risco é ter que dirigir depois q vc sai pilhado da sessão (dirigindo e gritando "IliveIdieIliveagain!". Que venha mais um dia agradável para o bolso de sangue. É incrível os novos elementos sendo introduzidos e se encaixando em harmonia com toda a trilogia.

    Spoiler
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    Luto interceptor, vibrei quando ele reaparece no meio do filme
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    Fim spoiler

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