Trash - A Esperança Vem do Lixo (2014)
Tive uma grata surpresa ao assistir hoje o filme Trash: a
esperança vem do lixo, de 2014. O enredo não poderia ser mais atual: corrupção,
espalhada por todos os lados, inclusive entre os órgãos que deveriam defender
os cidadãos.
Rafael (Rickson Tevez) e Gardo (Eduardo Luís) são dois adolescentes que moram no lixão do
Rio de Janeiro e trabalham catando e separando lixo para ganhar uns trocados e
sobreviver. Um dia, Rafael encontra uma carteira recheada de dinheiro no meio
da montanha de sacos e objetos jogados fora, o garoto divide a grana com seu amigo Gardo
e decide guardar a carteira (que tem algumas fotos, cartões e uma chave). Eis
que no dia seguinte, a policia aparece no lixão oferecendo a “honrosa” quantia
de vinte reais (sim, vinte) para quem se empenhar em procurar a carteira
perdida e mais uma recompensa para quem efetivamente acha-la.
Ainda que o valor da recompensa seja interessante para os
garotos, Rafael não confia em Frederico (Selton Mello), o policial que está
encarregado de achar a carteira, e decide não revelar seu segredo. Intrigados,
os garotos procuram a ajuda de Rato (Gabriel Weinstein), outro garoto do lixão que abraça com eles
a tarefa de descobrir porque aquela carteira tem tanta importância para a
policia. Os três saem então atrás de pistas deixadas pelo dono da carteira, José Angelo (Wagner Moura).
Logo o trio vai perceber que a coisa é séria, um politico influente e
uma rede de corrupção estão por trás de tudo isso e eles se veem dentro de uma
grande encrenca que não coloca apenas eles em risco, mas também o Padre
Julliard (Martin Sheen) e a Professora Olivia (Rooney Mara), ambos trabalham na comunidade e acabam
envolvidos na trama.
Mesmo passando por situações extremamente complicadas até
mesmo para um adulto, os meninos não desistem de ir até o final, principalmente
depois de descobrirem que o que estão fazendo ajudará a finalizar um trabalho
de muitos e muitos anos.
A direção de Stephen Daldry (O Leitor, As Horas e Billy Elliot) deixou o filme muito bem amarrado e intrigante.
A direção de Stephen Daldry (O Leitor, As Horas e Billy Elliot) deixou o filme muito bem amarrado e intrigante.
O filme me emocionou. Pelo enredo, pelas imagens, pelas verdades que estão
ali, pela esperança de termos mais Rafaéis, mais Gardos e mais Ratos no nosso mundo real. Além é
claro de mais professores e padres destemidos em prol da verdade.
Se não assistiu ainda, assista, está mais do que recomendado!
Salemme
(@DaniSalemme)
(@DaniSalemme)
“a gente continuou porque era isso que parecia certo”
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