Snoopy e Charlie Brown – Peanuts, O Filme (por Bruna Cicerelli)

(The Peanuts movie2016)

“Peanuts” ou no Brasil também conhecido como “Minduim”, foi uma das tiras mais populares e influentes da história da mídia. No seu ápice, eles já apareciam em mais de 2600 jornais por dia, com um número de leitores estimado em 355 milhões em 75 países, e foi traduzido para 40 línguas. Com quase 65 anos de existência, Snoopy e Charlie Brown – Peanuts, O Filme é uma nova produção para acrescentar um novo público aos fãs, utilizando os conceitos vigentes na animação contemporânea, como o uso da terceira dimensão – tanto a estereoscopia quanto na composição dos traços – e ainda mantendo os aspectos gráficos tradicionais da obra em um interessante contato com a fonte original.



No longa escrito por Craig Schulz, Bryan Schulz e Cornelius Uliano, Snoopy continua sendo o beagle mais amado do mundo e claro, o melhor piloto. Ele e Woodstock embarcam em sua maior missão até hoje, quando alcança o céu atrás de seu arqui-inimigo, o Barão Vermelho, e salvam quem parece ser o grande amor da sua vida. Enquanto isso, seu melhor amigo inicia a sua própria missão épica.

Charlie Brown e todos seus amigos vivem uma vida tranquila, brincando durante as tardes e aproveitando as férias, ainda mais agora que começou a nevar. Eis que uma criança nova se muda para a rua da turma: uma menininha de cabelos ruivos. Todos se animam para conhecê-la, já que ela está na mesma sala de aula deles. Charlie Brown se apaixona perdidamente e agora busca coragem e determinação para conseguir, além falar com a garota, mostrar que ele não é o fracasso que toda sua turma, principalmente a Lucy, pensa que ele é. O problema, é que...ele É O MINDUIM! E obviamente tudo dá errado numa sequência infindável de situações cômicas e inacreditáveis.



Mesmo sendo simples, o filme é recheado de cenas engraçadas e emocionantes. Isso consegue nos trazer muito mais do que uma mera história de um cachorro apaixonado, de um menino atrapalhado e, no fim das contas, acaba por criar um pano de fundo emocional. Dirigido por Steve Martino de A Era do Gelo 4 e Horton e o Mundo Dos Quem, obra de Schulz segue tendência similar a adaptação de Os Smurfs tentando trazer um novo público a uma história tradicional e aclamada, um movimento semelhante com outra adaptação recente de “O Pequeno Príncipe”. As cenas também apelam para o conceito primordial do cinema, explorando dois personagens que, sem falas, se comunicam através de sons e da trilha sonora, dando vazão a um humor cênico que se contrapõe as reflexões adultas das tiras, costurando e simbolizando as tentativas de conquista do Minduim.

Para quem, assim como eu, é fã e tem seu próprio Minduim, está muitíssimo mais do que recomendado!

“E eu...uma pedra!”

Bruna Cicerelli

cris f santana

Um comentário:

  1. O filme abordou de forma absolutamente fantástica o aspecto principal de cada personagem. Resumir 65 anos de história em 1h30 de filme não é fácil e eles foram brilhantes nisso.
    A história é simples e recheada de diversão e verdades sobre a vida. É só saber interpreta-las.
    Pra mim, que sou chamada pelos meus amigos de Minduin, foi uma experiência formidável assistir o longa!

    Que puxa!

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