São muitos os equívocos de Somos Tão Jovens, cinebiografia de Renato Russo, compositor e vocalista da Legião Urbana, uma das mais importantes bandas de rock brasileiras: um elenco bastante irregular, opções estéticas do diretor Antônio Carlos da Fontoura que são bastante discutíveis, uma direção de arte problemática em diversos pontos e um roteiro que, apesar de competente por não prender o filme em uma estrutura episódica, me fazia querer esmurrar alguém sempre que ouvia uma citação a alguma música da banda em meio aos diálogos dos personagens, uma aparente tentativa dos roteiristas Victor Atherino e Marcos Bernstein de serem engraçadinhos.
Esses problemas acabam por eclipsar os poucos méritos da obra, como a acertada composição do cantor feita pelo roteiro que, apesar de alguns exageros de Thiago Mendonça, consegue equilibrar bem a sensibilidade do artista Renato Russo e o egocentrismo e o gênio difícil da pessoa Renato Manfredini, e a atuação de Laila Zaid, encantadora como Aninha, uma amizade colorida do cantor.
(Julio Chuman)
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