Aah a nostalgia, sempre fazendo com a gente da geração Y o que ela bem entender. E esse sem dúvida foi o argumento inicial para querer ver o filme nos cinemas. Voltar ao Parque dos Dinossauros 22 anos depois (pois é vinte e dois!) e relembrar todo aquele fascínio infantil. E se lá atrás Steven Spielberg teve que esperar anos, até 1993 para que houvessem computadores capazes de fazer efeitos especiais do jeito que ele queria, isso definitivamente não foi um problema para Colin Trevorrow em 2015. Os efeitos especiais de Jurassic Wolrd estão incríveis até (na verdade estão mesmo é até bastante críveis!) e valem o ingresso em um cinema mais moderno.
A historia não foge muito dos padrões Jurassic Park o que não impede em nada de ser ótima! Continuamos tendo o parque que funciona como zoológico/fazendinha de dinos, um adestrador valentão que conhece bem os grandões, um milionário querendo brincar de Deus (ou pagar pra ser um), uma criança se metendo no lugar errado (dessa vez estimulada por um adolescente fazendo adolescentisse). Mas os pontos únicos dessa história, como o plot militar, entre outros, trazem conflitos interessantes, não exatamente surpreendentes, mas interessantes.
Owen Grady, de fato, tem uma personalidade lá muito parecida com a de Peter Quill (Guardiões das Galáxias) só que em um modelito mais Indiana Jones, mas é exatamente o que a personagem de Jurassic precisava ser, o herói que finge que não quer ser herói mas o faz naturalmente, e que Chris Pratt sabe fazer muito bem (e muito fofo, e muito simpático, e muito divertido).
A colocação visual de Bryce Dallas Howard, na mudança de comportamento da Claire, da ruiva de chanel liso robótico da mulher de negócios sempre ocupada e metódica para o ruivo molhado ondulado rebelde da mulher passional e forte, é interessante de ser observada. Não que ambas as versões de Claire não sejam mulheres de personalidade forte e com perfil controlador (até se perde um pouco disso quando ela abre seu lado rebelde, talvez para que se evidencie um pouco mais o papel de herói de Owen) mas a diferença é marcada e evidente. Não é uma mocinha que faça o filme passar no Teste de Bechdel, mas consegue fazer a gente sentir um certo orgulho dela.
Gostei muito da participação de Omar Sy, e os garotos Ty Simpkins e Nick Robinson (quase) convencem como irmãos. Destacaria também as atuações de Vincent D'Onofrio (sem spoillers) e Irrfan Khan (o milionário indiano).
Muitos dinossauros bem feitos, muitos (muitos) turistas dando bobeira, cientistas bonzinhos e malvados, casal de mocinhos heroicos, personagens secundários virando comidinha, crianças.. Jurassic World continua sendo Jurassic Park. Mas renovado e bem armado. E é impossível não torcer pros dinos em algum momento de filme, principalmente com velociraptors tão fofinhos. Assim como também é impossível não ficar estático acompanhando a briga final (e seu final animal!)
Seja por gostar de dinossauros, pela nostalgia (eu, muito eu!), pelos efeitos especiais, ou qual for o seu motivo, Jurassic World vale ser assistido.
(Cris F Santana,
ainda sobre o som mental de Tananaaam.. Tananaaamm clique e ouça)
PS. Sim eu sei que existem erros na escala de tamanho dos Dinos, que pterossauros não são aves, que raptores não são amigos de t-rex e muito menos seriam de humanos. Mas é um filme! Também não conseguimos fabricar dinossauros no mundo real. É fantasia! Viva a licença poética, não é?!
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