Especial Oscar 2014: Nebraska + Philomena + Premiação (Por Rodrigo Sansão)


Vamos lá para meu último e conclusivo post do Especial Oscar 2014 (vou aguardar o post da Cris também rs).

Não consegui assistir todos os filmes candidatos ao prêmio de melhor filme (sorry). Para mim, ficou faltando apenas o Her (Ela), filme comentado pela Cris aqui na semana passada.

Nas vésperas da premiação consegui assistir Nebraska e Philomena. Tinha combinado de escrever um post sobre eles, porém, sinceramente não estava tão empolgado. Por isso resolvi "juntar" essas duas críticas em um só post e já emendar meus comentários sobre a premiação do Oscar.

Sobre Nebraska, a primeira questão que vem na cabeça é "Por que raios o filme é preto e branco?" Cheguei inclusive a pesquisar e não obtive nenhuma resposta convincente. Tudo bem que a temática está relacionada ao passado, à coisas antigas e tal, mas não fez muito sentido pra mim.
O Filme conta a história de Woody Grant , interpretado por Bruce Dern, que acredita que ganhou um prêmio milionário e tenta chegar a Nebraska para receber o dinheiro. Durante o filme chegamos a ficar com pena de Woody. Sua ingenuidade é tocante. O filme é bom e gostoso de se ver, com seu ritmo lento e sua trama simples. Mas definitivamente não teria chance para nenhuma estatueta. 

Já o filme Philomena, sinceramente não gostei. Esperava muito mais. A atriz indicada ao Oscar, Judi Dench ainda tentou salvar o filme, interpretando a personagem principal,  Philomena Lee. A atriz foi muito bem e mereceu a indicação. Seu carisma e sua doçura são os pontos fortes da trama. Mas não são suficientes. O filme é cansativo, a história é arrastada e os demais personagens também não ajudam.  Resumidamente, é até "bonitinho", mas é fraco e sendo até cruel, não merecia nem a indicação para melhor filme.

Bom, agora vamos ao que interessa para encerrar essa série de (meus) posts sobre o Oscar. Não tivemos muitas surpresas na premiação!!
  
A maioria das nossas expectativas se confirmaram. Quase todos os prêmios técnicos foram para Gravidade e o de melhor diretor para Alfonso Cuarón. Até "cantei a bola" quando postei sobre Gravidade.

Para ator e atriz coadjuvante, ambos foram justos e merecidos para Jared Leto e Lupita Nyong'o respectivamente. Embora sinceramente, minha torcida não fosse por eles.

Para melhor atriz, Cate Blanchett levou a estatueta pelo filme  Blue Jasmine. Não posso fazer comentários sobre essa escolha pois não assisti o filme. Quem sabe fica para um post a parte.

Para melhor ator, Matthew McConaughey levou a melhor sobre Leonardo DiCaprio. Li muitos comentários de pessoas revoltadas com a Academia por deixar DiCaprio, mais uma vez, sem o prêmio, mas temos que ser imparciais, o prêmio para McConaughey foi muito merecido. Se ainda estiverem com dúvidas assistam Dallas e entenderão.

Por fim, o principal prêmio da noite, a estatueta de melhor filme para 12 anos de Escravidão. Preciso confessar que estava torcendo pelos filmes Dallas e O Lobo de Wall Street.
 
Pessoalmente, não gostei tanto assim de 12 anos de Escravidão. Achei o filme longo, com cenas muito sonolentas e a história um pouco quebrada. Fiquei até impaciente em certos momentos. Como não sou nenhum especialista em cinema, estudioso nem nada disso, me dou o direito de não achar a beleza, nem a profundidade embutida pelos longos "zooms" nas árvores, ou nos insetos, no céu nem afins. 

Mas não há como negar que o tema do filme é muito forte. A dramaticidade que cerca a escravidão nos leva a refletir muito sobre a vida. Sobre os erros que a humanidade já cometeu. Sobre o mal que fizemos. Sobre discriminação, racismo, preconceito. Sobre a importância da liberdade, da fé e da esperança. Pelo contexto, pelo conjunto da obra e por toda essa reflexão, o filme mereceu o prêmio.

Por fim, gostaria de agradecer aos fiéis (e poucos) leitores do blog por nos acompanhar nessa jornada. O Oscar desse ano acabou, mas continuaremos por aqui comentando sobre os grandes filmes do passado e do presente. Até breve.


Rodrigo Sansão

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