É sempre inimaginavelmente excitante quando recebemos a notícia de que um livro marcante virará filme. Aí então começa a sutil (nem tanto assim) agonia em querer logo saber como o drama será moldado.
Minha agonia começou há algum tempo, por volta de maio, quando recebi notícias do 68° Festival de Cannes e que já estava em pré lançamento (pelo menos no país do formidável Exupéry) a adaptação de "O Pequeno Príncipe" (Le petit prince - 1943).
O interessante da adaptação é que o diretor Mark Osborne (Kung Fu Panda) não ficou preso em querer reproduzir, dentro das licenças poéticas, apenas a história do morador do Asteróide B612. E é quando a história da pequena menina que tem a vida totalmente controlada pela mãe, que deseja que ela entre num colégio conceituado e passa a definir cada hora de seu dia, com situações repetitivas e cheias de estudo passa a mudar. A magia começa a acontecer quando seu vizinho, o aviador, resolve dar partida em seu avião.
A menina tem toda sua rotina atrapalhada quando esse doce senhor resolve dar-lhe um pequeno esboço do livro. Curiosa, ela vai até a casa do aviador sedenta por mais informações e, ao mesmo tempo, receosa por conhecer muitas teorias ao invés de práticas.
Todo o enredo é trabalhado em cima da história de Exupéry, com várias situações autorreferentes.
Mark trabalhou o filme de maneira impressionante e conseguiu indiscutivelmente fazer com que, mesmo quem não conheça a história do Principezinho, consiga entender a mensagem sobre a importância da imaginação, a abordagem sobre o inevitável crescimento e a perda da inocência, fora sua coragem indiscutível de dar a entender que a história "não acaba ali", além do destaque formidável da Raposa, independente da forma em que estivesse.
"O problema não é crescer, mas sim esquecer"
(Bruna Cicerelli)
Gostei bastante do filme também! Concordo com todos os elogios e acrescento mais alguns!
ResponderExcluirÉ muito bacana como o Mark Osborne conseguiu manter no filme a aura de sonho do livro. O tempo todo valorizando a imaginação infantil. Por ser um livro curto, resultou num caso raro, onde cabe mais história no filme que no livro, e isso também foi muito bem aproveitado construindo-se uma segunda história que engloba a primeira e ambas se completam todo o tempo. E sem perder nenhum dos conhecidos personagens do livro em nenhuma das duas histórias. Aliás, é mágico também como as duas histórias se misturam no final quebrando um pouco o limite da realidade e imaginação e enfatizando ainda mais a importância de sonhar! Outro elogio a se fazer é a técnica escolhida para contar a história do livro, como se tivesse desenhado os elementos e recortado o papel colocando cada um em perspectiva dimensional, ou algo assim, me lembrou tanto minha infância de desenhos da Cultura *-* . E como não amar a versão pano da raposinha?! :D :D
Por beleza e por nostalgia. Eu assino embaixo que vale a pena ver o filme! :D
Abraço tia Bruna!
ps. Se quiser ver de novo, eu topo.